Você sabia? Quanto mais robotizado o país, menor o desemprego.

São diversas as notícias sensacionalistas que dizem que a robotização e automação poderão fazer trabalhadores perderem seus empregos.

Aqueles que analisam superficialmente logo acreditam que os robôs são os vilões neste cenário. No entanto, quando paramos para analisar os países mais robotizados, identificamos que eles também são os que possuem os menores índices de desemprego de sua população. Como explicar?

Basta olhar para o passado

Analisando historicamente, desde a época medieval surgiam novas ferramentas que tornavam processos produtivos mais ágeis e foram vistas como vilãs na época.

Quando ocorreu a primeira revolução industrial disseram que os empregos acabariam. No entanto, com a inserção das máquinas, o mercado foi se tornando cada vez mais produtivo e competitivo e as pessoas deixaram de estar em trabalhos manuais e cansativos, migrando para outras funções.

Em 1900, por exemplo, 40% da população dos EUA trabalhava no campo. Naquele tempo as previsões catastróficas diziam que a mecanização traria desemprego e queda na renda.

Hoje, apenas 1,5% da poapulação dos EUA trabalha no campo. A renda per capita mundial, que em 1820 era de $3,50, em 2010 estava em $33 e segue aumentando.

O que podemos notar é que com a mecanização e automação a indústria se moderniza, permitindo avanços tecnológicos para toda a população.

Se não fosse a automação, hoje não teríamos carros, eletrodomésticos e smartphones de fácil acesso para a maioria da população.

Os países mais robotizados têm menores índices de desemprego

Os três países com maior uso de robôs em relação à força de trabalho, no mundo, são a Coreia do Sul, com 531 robôs para cada 10 mil trabalhadores, Cingapura com 398 por 10 mil e Japão com 305 por 10 mil (em quarto lugar está a Alemanha com 301 robôs para cada 10 mil trabalhadores), conforme mostra o gráfico abaixo, de artigo de Angus Muirhead (11/08/2017), do banco Credit Suisse.

Não por acaso estes países possuem diminutas taxas de desemprego entre sua população, mesmo com a forte automação presente.

Abaixo, trouxemos um gráfico que mostra a taxa de desemprego na Alemanha, este que é um dos países mais robotizados da Europa.

 

As conclusões da pesquisa de Stefan Lachenmaier e Horst Rottmann foram de que tanto a inovação de produtos como de processos de produção tiveram efeitos positivos sobre o emprego, sendo a última espécie a mais favorável.

Por que isso acontece?

Atualmente, a maior ameaça aos empregos é a incapacidade das empresas de permanecerem competitivas.

A automação, portanto, oferece a oportunidade das empresas desenvolverem vantagens competitivas por meio de qualidade de produto mais alta e consistente, maior produção e custos gerais mais baixos.

À medida que a automação aumenta a competitividade, as empresas conseguem expandir seus próprios negócios e apoiar outros empregos na comunidade, incluindo fornecedores, lojas, hospitais, escolas e outros serviços que dão suporte aos trabalhadores locais.

Quando as empresas conseguem ser mais competitivas, mais lucrativas, também investem mais em inovação e acabam criando mais postos de trabalho e, inclusive, qualificando seus trabalhadores.

É um ciclo virtuoso onde todos ganham e evoluem. Por isso a automação é um processo importante para trazer progresso para um país e seu povo.